Os seres que povoam nossos sonhos
Pertencem a estirpes muito antigas.
Não sabemos o que os põe tristonhos
E o que os alegra em risos e cantigas.
Em mim os vejo sempre em algo misto
De uma Arcádia bucólica e um Walhalla
Onde ali no bosque ou cá na sala
Erguem brindes de honra ao mais bem-quisto.
Mas sei que o festejado é Dioniso
E não um guerreiro, e meu espanto
É que Orfeu ao lado jaz e eu o diviso
Na forma de um cisne apaixonado
Que no último momento lança um canto
E trai em arte seu amor desesperado.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
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